segunda-feira, 22 de julho de 2013

João Ataíde na apresentação da sua Candidato do PS à Figueira da Foz


Leia aqui o discurso que João Ataíde proferiu ontem, na apresentação da sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz, encabeçando a lista do Partido Socialista: 

«Caros amigos

Volvidos quatro anos de árduo e intenso labor, eis-me de novo perante vós predisposto a aceitar o desafio de liderar os destinos do nosso concelho.
Orgulho-me de ter chegado aqui e neste reencontro vos poder dizer, com a consciência tranquila, que realizámos e alcançámos muito bons resultados para a Figueira da Foz.
Desenganem-se os que pensam que foi fácil, porque não foi. É sabido, mas nunca é demais reafirmá-lo, que tivemos de gerir uma pesada herança que, em muito boa parte, condicionou todo o nosso mandato.
Em 2009, quando iniciámos funções, a Figueira da Foz tinha
- Uma dívida municipal na ordem dos 90 milhões de euros, a maior de que há memória, sendo nós o 11º concelho do país com maior endividamento;
- éramos o quinto concelho do país com menos liquidez, o nono com piores resultados económicos e o oitavo cuja divida a fornecedores era superior a metade das receitas totais.
E acima de tudo, tínhamos
- Um concelho onde a auto-estima estava muito baixa, o orgulho se encontrava ferido e o sonho de quimeras vãs habitava o nosso quotidiano.

- Nestes quatro anos, meus amigos, e quando olho para o caminho que arduamente percorremos, sinto a satisfação do dever cumprido.
- Saneamos as finanças municipais e restabelecemos a confiança aos fornecedores do município;
Quando comparamos os resultados financeiros de 2009 com os de 2012 percebemos com exactidão o muito que fizemos. Constatamos que já não estamos na lista dos 50 que têm a mais baixa liquidez, já não estamos na lista dos 50 que devem aos fornecedores mais de metade das suas receitas, já não estamos na lista dos 50 que têm maior endividamento líquido.
Estamos, isso sim, entre os 50 que possuem maior independência financeira, entre os que têm maior volume de receita cobrada, entre os que mais diminuíram o seu passivo exigível.
E sabem porquê? Porque pagamos 15 milhões da dívida que herdámos. E este honrar de compromisso, faz com que a Figueira da Foz seja o 8º concelho do país que maior volume de encargos financeiros pagou e o 12º que mais amortizou aos seus empréstimos. E estamos a falar de mais de 300 concelhos em todo o país.
Colocámos a Figueira da Foz no quadro de honra das finanças municipais. Digam-me, pois, se devemos ou não estar orgulhosos do nosso trabalho? Claro que sim, claro que sim.
Mas, meus amigos, fizemos mais:
- Pusemos a máquina camarária a funcionar de forma eficiente e capaz e com menos custos, reduzindo o funcionamento em cerca de 5 milhões de euros;
- Reestruturamos o sector das onerosas e endividadas empresas municipais, pois só a Figueira Domus era, no país, a 15ª empresa municipal com maior endividamento;
- Arrancámos com a revisão do PDM e com a elaboração da Agenda Local 21 e do Plano Estratégico e fizemos a revisão do regulamento do Plano Director resolvendo vários problemas que há muito se arrastavam e que prejudicavam muitos figueirenses.
- Resolvemos inúmeros estrangulamentos, processos difíceis e situações de grande fragilidade para o município, que hoje já ninguém fala;
- e, finalmente, fizemos obra,

Nestes quatro anos a Figueira da Foz orgulha-se de ter passado a ter um património muito mais rico ao serviço dos figueirenses; cito-vos alguns casos:
- o novo centro escolar de S. Julião/Tavarede;
- o requalificado castelo engº Silva;
- uma nova envolvente do forte de Stª Catarina e o arranjo das principais artérias do Bairro Novo;
- A marginal ribeirinha requalificada e aproveitada para a cidade;
- um Mercado municipal novo e moderno;
- o campo de relva sintética do estádio José Bento Pessoa;
- O parque de estacionamento da Av. De Espanha requalificado;
- O parque de campismo recuperado;
- As escolas do Viso, de Moinhos da Gândara, da Borda do Campo e de Netos, recuperadas;
- A reabilitação urbana;
- E o assegurar de todos os serviços aos munícipes, cada vez com mais qualidade e mais baixo custo, com destaque para o plano de eficiência energética e a recolha de resíduos.

Orgulho-me, portanto, do que fizemos e por isso estou disponível para prestar contas aos figueirenses numa campanha tranquila, feita com elevação e transparência.
Também me orgulho, obviamente, por ter estado com o Partido Socialista nesta caminhada e por inscrever na sua história um momento marcante da nossa vida autárquica. Estou convicto e não sinto ser imodéstia dizer, que nunca se fez tanto com tão poucos meios.

Pois, meus amigos, volvidos quatro anos aqui estou. E estou, fundamentalmente, por três razões:
1ª, porque os figueirenses assim o exigem; posso dizer-vos que por todo o lado senti um forte apelo e um incentivo à minha recandidatura;
2ª, porque sinto que fiz, de forma responsável, com dedicação e muito trabalho o que era possível e necessário, dadas as circunstâncias e os condicionalismos que tivemos que enfrentar;
3ª, porque é necessário consolidar agora aquilo que iniciámos, porque nestes quatro anos também preparámos as condições que permitirão agora fazer muito mais.

Neste sentido, falta trabalhar pelo desenvolvimento económico, em particular o triângulo turismo / indústria / mar.
Estão agora lançadas as bases para o fazermos, com a instalação da nova zona industrial, as empresas que ajudamos a manter abertas e as que virão, bem como, com os projectos que já temos em carteira.
A educação, o apoio social e a cultura, que deram um salto qualitativo nos últimos anos, estão agora numa dinâmica que não pode parar e para a qual continua a ser precisa muita energia e imaginação.
Criámos as condições para dar mais atenção e autonomia às freguesias e poder ajudar a relançar, também nelas, factores diversos de desenvolvimento económico e de apoio social. Mas para haver agora essa disponibilidade, tivemos que fazer sacrifícios que, tenho a certeza, todos estão em condições de compreender.

Na verdade,
Sentimos hoje que os agentes económicos e os actores sociais acreditam em nós, confiam e depositam esperança no nosso trabalho honesto e dedicado, e esse é o nosso maior capital, um capital que muito nos custou a conquistar e que não podemos agora, de forma irresponsável, desperdiçar e deixar fugir.

Por isto, meus amigos, aqui estamos. Eu e todos vós. Chegámos aqui de forma árdua mas mantivemos a fé e a confiança nos figueirenses. Aqui deixo uma palavra de gratidão aos que estiveram comigo de forma inabalável durante os últimos quatro anos, que me apoiaram e entusiasmaram e que me deram conforto para prosseguir. Um obrigado a todos esses;
Aqui deixo também uma palavra aos que agora iniciam esta caminhada comigo, aos que aqui estão e aos que se nos vão juntar: não nos espera uma tarefa fácil, mas estou convencido que sabemos o que queremos e que a visão que temos da Figueira do futuro há-de ser o nosso caminho e o nosso farol: um concelho moderno, tranquilo, de primeira linha, orgulhoso das suas belezas naturais, em particular das suas praias, um concelho da terra e do mar, da história e do progresso, com qualidade de vida e que seja o orgulho de todos nós.
Viva a Figueira da Foz»
Fonte Figueira Na Hora

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